Luzes da Cidade

Autores

  • António Seabra

DOI:

https://doi.org/10.51427/com.est.2023.02.02.0007

Palavras-chave:

memória, morte, esquecimento, imagens, palavras, revelação

Resumo

Em Fahrenheit 451, romance distópico do falecido Ray Bradbury (1920-2012), os bombeiros de uma cidade anónima usam o fogo para extinguir o conhecimento e apagar o passado. Em As Primeiras Coisas, do vivo Bruno Vieira Amaral (n. 1978), uma série de coisas fogosas – passadas num bairro fictício – são reavivadas por um narrador nostálgico e de sensibilidade apocalíptica. A primeira obra, publicada em 1953, reflecte sobre o futuro da humanidade e a relação que ela estabelece com dois objectos que emitem luzes distintas; a segunda, dada a lume em 2013, convida o leitor a deambular por tempos pretéritos, na companhia de uma câmara fotográfica. Perspectivando a comparação entre os dois textos, analisá-los-ei a partir da dicotomia luz/sombra, focando-me em alguns reflexos reveladores.

Biografia do Autor

  • António Seabra

    Nasci em Lisboa, em 1991, e vivi no Algarve até 2004, ano em que tornei à capital. Hoje sou açoriano. Aportámos, vomitado[s] das ondas, numa ilha fresca e bela. Cursei Línguas, Literaturas e Culturas (FLUL,2013), tornei-me Mestre em Ensino de Português (FCSH, 2015) e concluí uma pós-graduação em Estudos Clássicos (FLUL, 2018). Sou professor; e pai. E-mail: antonioseabra1@gmail.com.

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Publicado

26-02-2024

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Artigos

Como Citar

«Luzes Da Cidade». 2024. Estrema: Revista Interdisciplinar De Humanidades 2 (2): 141-64. https://doi.org/10.51427/com.est.2023.02.02.0007.