A luz de um “portugal futuro”

Autores

  • Lucas Pessin Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.51427/com.est.2023.02.02.0005

Palavras-chave:

Ruy Belo, Portugal, luz, história

Resumo

Este artigo apresenta a leitura de dois poemas de Ruy Belo, respectivamente, “Portugal sacro-profano: lugar onde” e “O portugal futuro”, ambos pertencentes ao livro Homem de Palavra[s] (1969) e à antologia País Possível (1973). Procuramos ver duas faces de Portugal presentes na obra de Ruy Belo: a da escuridão, caracterizada pelas consequências do salazarismo e pelos fatos da história; e a da luz, do sonho, na qual a felicidade será encontrada e um futuro renovado, longe das tragédias que tanto afligem o poeta. Veremos, por fim, a edificação de um país dos sonhos pela poesia, “aonde o puro pássaro é possível”.

Biografia do Autor

  • Lucas Pessin, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas (Literaturas Portuguesa e Africanas) na Universidade Federal do Rio de Janeiro, encontrando-se a realizar uma investigação sobre o romance Alexandra Alpha, de José Cardoso Pires, com bolsa de pesquisa CAPES. Licenciado em Letras: Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro com monografia intitulada “Portugal fica em frente”: Ruy Belo em busca de um novo dia. E-mail: lucaspereirapessin1@gmail.com.

Referências

Alves, Ida Ferreira. 2006. “Fugitivo da catástrofe: a escrita poética de Ruy Belo.” In As máscaras de Perséfone: figurações da morte nas literaturas portuguesa e brasileira contemporânea, organizado por Lélia Parreira Duarte, 136-150. Rio de Janeiro e Belo Horizonte: Bruxedo e Ed. PUC Minas.

Belo, Ruy. 2014a. País possível. Rio de Janeiro: 7 Letras.

Belo, Ruy. 2014b. Homem de palavra[s]. Rio de Janeiro 7 Letras.

Belo, Ruy. 2013a. Boca Bilíngue. Rio de Janeiro: 7 Letras.

Belo, Ruy. 2013b. Aquele Grande Rio Eufrates. Rio de Janeiro: 7 Letras.

Belo, Ruy. 1978 (2014). “De como um poeta acha não se haver desencontrado com a publicação deste livro”. In Homem de palavra[s]. Rio de Janeiro: 7 Letras.

Belo, Ruy. 1972 (2013). “Explicação que o autor houve por indispensável antepor a esta segunda edição.” In Aquele grande rio Eufrates. Rio de Janeiro: 7 Letras.

Belo, Ruy. 1984. Na senda da poesia. Lisboa: Editorial Presença.

Gusmão, Manuel. 2010. “Aprender poesia com Ruy Belo.” In Tatuagem & palimpsesto: da poesia em alguns poetas e poemas, 449-469. Lisboa: Assírio & Alvim.

Magalhães, Joaquim Manuel. 1981. “Ruy Belo.” In Os dois crepúsculos: sobre poesia actual e outras crónicas, 145-163. Lisboa: A regra do jogo.

Pereira, Victor. 2010. “Do povo à comunidade: os emigrantes no imaginário português.” In Como se faz um povo: ensaios de História contemporânea de Portugal, editado por José Neves, 139-153. Lisboa: Tinta da China.

Pessin, Lucas Pereira. 2022. “Portugal fica em frente”: Ruy Belo em busca de um novo dia. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras. Monografia de Conclusão de Curso.

Prigent, Christian. 2017. Para que poetas ainda? Tradução de Inês Oseki-Dépré e Marcelo Jacques de Moraes. Florianópolis: Cultura e Barbárie.

Rosas, Fernando. 2008. “O salazarismo e o homem novo: ensaio sobre o Estado Novo e a questão do totalitarismo nos anos 30 e 40.” In Estados autoritários e totalitários e suas representações, editado por Luís Reis Torgal e Heloísa Paulo, 31-48. Coimbra: Universidade de Coimbra.

Rosas, Fernando. 2014. Salazar e o poder: a arte de saber durar. Lisboa: Tinta da China.

Silva, Sofia de Sousa. 2012. “Ruy Belo: harmonia de forças opostas.” Revista FronteiraZ (9): 118-126. https://dialnet.unirioja.es/ejemplar/441455.

Verde, Cesário. 2005. Poemas de Cesário Verde. Seleção e organização de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Global.

Downloads

Publicado

26-02-2024

Edição

Secção

Artigos

Como Citar

«A Luz De Um “portugal futuro”». 2024. Estrema: Revista Interdisciplinar De Humanidades 2 (2): 91-119. https://doi.org/10.51427/com.est.2023.02.02.0005.