Dos silenciados: figurações da morte em “Proletarierkinder” (Filhos de Proletários) (1910), de Alfons Petzold e “An die Verstummten” (Aos Emudecidos) (1915), de Georg Trakl
DOI:
https://doi.org/10.51427/com.est.2024.03.02.0009Palavras-chave:
Alfons Petzold, Expressionismo, Georg Trakl, Literatura urbana, Naturalismo, O motivo literário da morte, Poesia da grande cidadeResumo
A temática da grande cidade na poesia de língua alemã mereceu atenção privilegiada por parte de poetas naturalistas e expressionistas. Uns e outros refletiram sobre a tensa conjuntura vivencial urbana e industrial e transpuseram para poesia experiências e vivências da grande cidade, as mais das vezes perpassadas por sofrimento e sentimentos de angústia. Esta nova poesia urbana levanta uma série de questões que ganham hoje em dia, num mundo cada vez mais absorto no fragmentário e no mutismo, uma relevância muito especial. “Proletarierkinder” (Filhos de Proletários), de Alfons Petzold e “An die Verstummten” (Aos Emudecidos), de Georg Trakl, são exemplos ilustrativos da representação da cidade na lírica no início do século XX. Nos dois poemas a cidade surge — embora sob diferentes perspetivas — como um limbo entre vida e morte, sintetizado numa retórica do silêncio, que procuraremos analisar.
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