A representação da Aurora no cinema: Captain EO (1986) e a luz de açafrão

Autores

  • Sílvia Catarina Pereira Diogo Instituto de História da Arte (ARTIS) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.51427/com.est.2023.02.02.0003

Palavras-chave:

Eos; Deusa do Amanhecer; Recepção dos Clássicos no Cinema; Michael Jackson

Resumo

A versão actualizada da Aurora na idade pós-moderna pode ser encontrada na curta-metragem Captain EO de Francis Ford Coppola, onde se alimentam muitas semelhanças com a divindade que lhe empresta o nome. Da Aurora (Eos) sabemos que dorme nas correntes do oceano (Hymn. Hom. Ven.226) e sobe ao céu quando acorda (Mimn. fr. 12 West). Em harmonia com o mitema transmitido pela tradição antiga, é conduzida pela Estrela da Manhã (Ov. Met.4.629-30) a fim de iluminar os céus com a luz de açafrão para, enfim, dar lugar ao Sol e ao seu carro, porque a este compete melhor aclarar o dia. Do comandante EO se sabe que é incumbido de uma missão num planeta desolado e que falha em encontrar o transmissor (homing beacon) que deve orientá-lo nesse destino. Embora EO exiba as cores de uma Aurora falhada ab initio, consegue reclamar a sua fama e atrair o êxito da sua expedição, com a ajuda dos  tripulantes que com ele emparceiram no bom sucesso da missão: trazer luz àquele planeta (e recuperar o significado da sua insígnia).

Biografia do Autor

  • Sílvia Catarina Pereira Diogo, Instituto de História da Arte (ARTIS) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

    Licenciada em Arte e Multimédia pela Universidade da Madeira (2013) e Mestre em Arte, Património e Teoria do Restauro pela Universidade de Lisboa (2016). Cursa doutoramento em História da Arte na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa sob orientação do Prof. Dr. Nuno Simões Rodrigues e do Prof. Dr. Pedro Lapa. É investigadora integrada não doutorada no Instituto de História da Arte (ARTIS) da mesma instituição.

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Publicado

26-02-2024

Edição

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Artigos

Como Citar

«A representação Da Aurora No Cinema: Captain EO (1986) E a Luz De açafrão». 2024. Estrema: Revista Interdisciplinar De Humanidades 2 (2): 40-64. https://doi.org/10.51427/com.est.2023.02.02.0003.