As Benevolentes, de Jonathan Littell: variações sobre o tema do mal

Autores

  • Patrícia Lourenço Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Palavras-chave:

As Benevolentes, mal, Oresteia, perversão, pulsão de morte

Resumo

Neste artigo é apresentada uma reflexão acerca da representação do mal na obra As Benevolentes, de Jonathan Littell, a partir de uma leitura psicanalítica. A reflexão é feita através de variações sobre o tema: o mito de Orestes (que remete para o matricídio), a natureza perversa do herói (pelo incesto), a obediência à autoridade (relacionada com o conceito de banalidade do mal) e a pulsão thanática (que move o desejo de morte). Em pano de fundo, estão as conceptualizações do psicanalista André Green, acerca do narcisismo negativo, e do sociólogo KlausTheweleit, acerca do soldado-não-completamente-nascido, que permitem uma maior compreensão dos processos psicológicos do herói.

Biografia do Autor

  • Patrícia Lourenço, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

    Investigadora em formação do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa desde 2011, onde integra o projecto Estética da Memória e das Emoções. Licenciada em Psicologia (Instituto Superior de Psicologia Aplicada – ISPA, 2007) e mestre em Psicologia Clínica (ISPA, 2009), é actualmente doutoranda em Literatura Comparada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. De entre os seus interesses de investigação, destaca-se o romance contemporâneo, a literatura do Holocausto, os Estudos de Memória e a Estética das Emoções. Nos últimos anos tem dedicado particular atenção à obra Les Bienveillantes, do escritor norte-americano Jonathan Littell.

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Publicado

25-05-2012

Edição

Secção

Artigos

Como Citar

«As Benevolentes, De Jonathan Littell: Variações Sobre O Tema Do Mal». 2012. Estrema: Revista Interdisciplinar De Humanidades 1 (1): 24. https://estrema.letras.ulisboa.pt/ojs/index.php/estrema/article/view/124.