Rastros do invisível no cinema: a perspectiva do olhar ausente
Palavras-chave:
cinema, invisível, olhares, rastrosResumo
a discussão aqui apresentada insere-se nos estudos sobre audiovisualidades nas mídias que têm seu foco de pesquisa na atualização do audiovisual em relação à sua significação, produção, consumo e capacidade de gerar novas culturas (Parente 1996; Silva 2009; Machado 2007; Kilpp 2008, 2010). Neste artigo, especificamente, discutimos o invisível no cinema, isto é, formas dialéticas de presença e ausência em imagens em movimento. Para isso, construímos o conceito “olhos ausentes” para rastrear o deslocamento dos olhares que se mostram e se escondem, dentro e fora de quadro. A ideia central presente nesse conceito é que o deslocamento é realizado pelos olhos (da câmera, dos personagens e do espectador) que se ausentam momentaneamente para dar lugar a outras formas de presença. Em termos teóricos, os conceitos de “aura” e de “rastros” de Benjamin (2007) nos ajudam a interpelar o invisivel no visível do plano cinematográfico. Dentro dessa perspectiva realizamos a análise de uma cena do filme O Eclipse (1962) de Michelangelo Antonioni, utilizando o procedimento metodológico de “dissecação de materiais audiovisuais” proposto por Kilpp (2010).
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