From the Flame Imperishable to the Silmarils: The dimming of lights in J.R.R. Tolkien’s The Silmarillion

Autores

  • Patrícia Sá Centro de Estudos Comparatistas, Faculdades de Letras da Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.51427/com.est.2023.02.02.0006

Palavras-chave:

J.R.R. Tolkien, O Silmarillion, Luz, Filosofia Medieval, Escuridão

Resumo

Em O Silmarillion, de J.R.R. Tolkien, a luz permeia o mundo, desde o seu esplendor máximo, à sua luminosidade mais ténue. Autores como Lisa Coutras, Verlyn Flieger e Reno E. Lauro exploraram eximiamente o papel da luz em Ëa e, neste ensaio, servimo-nos dessas teorias para averiguar o modo como a luz e a escuridão são representadas desde o começo da criação ao fabrico dos Silmarils. Lembrando a alusão de Lauro às teorias medievais acerca da luz, sugerimos uma perspetiva sobre Ëa enquanto mundo feito de refrações de uma luz totalizante e pura, que se atenua progressivamente até ao seu enclausuramento em três jóias, deixando de ser encarada como fonte de encanto e passando a ser objeto de desejo. A Luz, n’O Silmarillion, é sinónimo de bom, belo e verdadeiro, mas queima e castiga quem a usar indevidamente. Além disso, neste ensaio corroboramos as teses de que a escuridão − não a escuridão primordial, mas a escuridão malvada e absorvente de Morgoth − é uma deformação da luz que deu forma e vida a toda a criação de Ilúvatar. Assim, procuramos examinar, brevemente, as luzes iniciais em Arda e o seu enfraquecimento, não só como um reflexo da separação progressiva do seu princípio primário, mas também como resultado da entrada do mal em Arda e da hybris de Fëanor, que selou o destino dos Elfos da sua casa.

Biografia do Autor

  • Patrícia Sá, Centro de Estudos Comparatistas, Faculdades de Letras da Universidade de Lisboa

    Patrícia Sá é mestre em Estudos Comparatistas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), com uma dissertação sobre ecos literários de Frankenstein, monstruosidade e transumanismo. É membro integrado do Centro de Estudos Comparatistas da FLUL e autora na antologia Sangue Novo (2021), que venceu o Grande Prémio Adamastor de Literatura Fantástica Portuguesa de 2022. O seu conto «Amor» foi finalista do Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Conto de 2022. Colabora no website Fábrica do Terror, coorganizou a jornada “Nosferatu: 100 Anos de Terror” e coeditou o volume homónimo publicado em 2023. E-mail: patricia.p.sa@edu.ulisboa.pt.

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Publicado

26-02-2024

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Artigos

Como Citar

«From the Flame Imperishable to the Silmarils: The Dimming of Lights in J.R.R. Tolkien’s The Silmarillion». 2024. Estrema: Revista Interdisciplinar De Humanidades 2 (2): 120-40. https://doi.org/10.51427/com.est.2023.02.02.0006.