From the Flame Imperishable to the Silmarils: The dimming of lights in J.R.R. Tolkien’s The Silmarillion
DOI:
https://doi.org/10.51427/com.est.2023.02.02.0006Palavras-chave:
J.R.R. Tolkien, O Silmarillion, Luz, Filosofia Medieval, EscuridãoResumo
Em O Silmarillion, de J.R.R. Tolkien, a luz permeia o mundo, desde o seu esplendor máximo, à sua luminosidade mais ténue. Autores como Lisa Coutras, Verlyn Flieger e Reno E. Lauro exploraram eximiamente o papel da luz em Ëa e, neste ensaio, servimo-nos dessas teorias para averiguar o modo como a luz e a escuridão são representadas desde o começo da criação ao fabrico dos Silmarils. Lembrando a alusão de Lauro às teorias medievais acerca da luz, sugerimos uma perspetiva sobre Ëa enquanto mundo feito de refrações de uma luz totalizante e pura, que se atenua progressivamente até ao seu enclausuramento em três jóias, deixando de ser encarada como fonte de encanto e passando a ser objeto de desejo. A Luz, n’O Silmarillion, é sinónimo de bom, belo e verdadeiro, mas queima e castiga quem a usar indevidamente. Além disso, neste ensaio corroboramos as teses de que a escuridão − não a escuridão primordial, mas a escuridão malvada e absorvente de Morgoth − é uma deformação da luz que deu forma e vida a toda a criação de Ilúvatar. Assim, procuramos examinar, brevemente, as luzes iniciais em Arda e o seu enfraquecimento, não só como um reflexo da separação progressiva do seu princípio primário, mas também como resultado da entrada do mal em Arda e da hybris de Fëanor, que selou o destino dos Elfos da sua casa.
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