O risco das palavras: Deus e a morte em Poemas malditos, gozosos e devotos
Palavras-chave:
deidade, Hilda Hilst, morte, poesia, realResumo
a pesquisa efetuada tem como objetivo analisar em Poemas malditos, gozosos e devotos (1984), de Hilda Hilst, a noção de incompletude representada pelo eu lírico. Sustenta-se a hipótese de que Deus surge como um significante, marcado pela falta. Utilizando-se de um referencial teórico calcado na Psicanálise e na Filosofia, intenta-se demonstrar que o desejo da persona poética de encontrar o divino encobre, na verdade, a categoria filosófica do não-ser, o que identifica a deidade com o Real psicanalítico, com o espaço de escrita infindável da ausência. Acredita-se que a escrita carregue em si a revelação da morte, descortinando a finitude do ser. Assim, a partir da visão religiosa do eu lírico, pretende-se demonstrar que a morte pode ser compreendida como aquilo que gera a dialética negativa hegeliana.
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