Metáforas de Clio: inferências e especulações na investigação de subjetividades históricas
Palavras-chave:
História Cultural, literatura, Subjetividade, verdade, VerossímilResumo
Neste estudo, pretendemos discutir como a imaginação e os sentimentos humanos podem atuar no campo histórico de maneiras e em direções que reposicionam a própria história de sua anterior zona de conforto: a reconstituição plena do passado. Para abordar esse reposicionamento, nos ateremos ao que foi considerado como o ressurgimento da metáfora para a interpretação verossímil das subjetividades no texto histórico e não no seu abuso. A metáfora será tratada aqui, portanto, como um fator metodológico que opera desdobramentos e substituições semânticas, um desvio historicamente controlado dos sentidos, desdobramento das marcas presentes na própria superfície das fontes. Observaremos, por fim, que esse procedimento cognitivo nada mais é do que uma reação tanto contra as pesquisas sobre o tema que insistem em reafirmar os preceitos aristotélicos para expor a relação categórica entre ficção e história, quanto contra a abstração empregada na significação de subjetividades descoladas semanticamente de seu objeto histórico, reação que pode ser vista com o avanço inicial dos estudos de história cultural no último quartel do século passado, promovidos por intelectuais como Roger Chartier, Paul Ricoeur e Sandra Pesavento.
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